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AS FAMOSAS MARCHINHAS DE CARNAVAL - (parte 1)

Publicado em: 05 de Março de 2019, Darlene Silveira

As marchinhas são piadas cantadas que deram muita alegria àquele tempo. Com suas letras simples divertiram e ainda divertem, isso porque de maneira rápida fixam até mesmo na memória daqueles que vivem nesse tempo. Vamos relembrar nessa semana as marchinhas mais famosas do carnaval e suas histórias.

Abre Alas

“Ô abre alas que eu quero passar!”

Primeira marchinha carnavalesca registrada na história do carnaval brasileiro, em 1899. Chiquinha Gonzaga, autora da obra, fez a canção para a escola Rosas de Ouro do Rio de Janeiro, o que impulsionou o sucesso da escola e também se tornou a canção mais famosa da compositora.

A marcha de Chiquinha antecipou um gênero que só veio a se firmar duas décadas após. Entre os anos 1901 e 1910 foi grande sucesso nos carnavais, tornando-se símbolo do carnaval carioca

 

 Mamãe eu quero

“Mamãe eu quero, mamãe eu quero… mamãe eu quero mamar! Dá a chupeta, dá a chupeta, dá a chupeta, dá a chupeta pro bebê não chorar”

Gravada em 1937 por Jararaca e Vicente Paiva, começou a bombar de verdade depois de ser regravada por Carmem Miranda, 4 anos depois de ser lançada.

Almirante autor do livro “História do Carnaval Carioca” conta que na hora de gravar, verificaram que a música era pequena, não tinha a duração exigida para o disco. Seria impossível repetir uma parte da música. Então Jararaca e Carmem Miranda completaram a música fazendo um diálogo improvisado na hora, sem nenhum interesse. Durante a gravação, o banjoísta errou um acorde, mas a música era considerada tão ruim que ninguém pensou em refazer tudo. Pois bem, ‘Mamãe eu quero’ foi um sucesso definitivo e enorme.

 

Aurora

“Ôôôô, Aurora… Veja só que bom que era… Ôôôô, Aurora!”

A marcha foi criada numa quarta-feira de cinzas, início de um período em que as pessoas, cansadas da maratona do Carnaval, geralmente entram na melancolia desse dia e não querem mais ouvir nada referente à folia.

O compositor Roberto Roberti, naquela inspirada quarta-feira de 1940, procurou eufórico o seu amigo Mário Lago, mas só tinha a famosa frase “Se você fosse sincera… Ô, ô, ô, ô Aurora… “, o resto complementava com o velho recurso do lá, lá, lá.

Aflito e antevendo o sucesso da música, apelou para o parceiro para que o ajudasse na conclusão da obra.

Mário Lago contou em entrevista que, mesmo sem muito interesse, ajudou rapidamente na complementação da marchinha que iria entrar para história do Carnaval um ano depois, nas vozes da dupla Joel e Gaúcho (ouça adiante!). Carmen Miranda se encarregou de divulgar a marcha nos Estados Unidos, onde teve 17 gravações.

O sucesso foi tanto que recebeu letra em inglês, versão gravada pelas Andrew Sisters. A música também foi incluída no filme “Segure o fantasma”, da dupla Abbot & Costello.

 

Cachaça

“Você pensa que cachaça é água? Cachaça não é água não”

Música dedicada aos foliões que gostam de beber um pouco além da conta. Mirabeau Pinheiro, Lúcio de Castro e Heber Lobato escreveram a canção em 1953 para os apreciadores da cachaça! Essa marchinha ficou tão famosa que chegou a ser trilha de um filme, “O carnaval da Atlântida”, com a participação de Grande Otelo. Em 1955, a dupla Zé e Zilda, autores dessa inesquecível marchinha “Cachaça”, lançou outra chamada “Ressaca”, que também teve um grande sucesso.

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