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Nascido em Salvador, na Bahia, no dia 28 de junho de 1945, Raul Seixas se jogou na música em 1972. Raul chocava, contradizia, reclamava e fazia rir com tamanho escárnio que a própria ditadura, época em que se lançou, demorou a notá-lo. “Era só mais um maluco”, pensavam eles. Entretanto se tem uma coisa que Raul Seixas não era, era maluco.

Em 1973 saiu o LP Krig-Ha Bandolo! que se tornou uma grande referência da obra de Raul e que apresentava as primeiras parcerias de Raul com o companheiro de estudos esotéricos Paulo Coelho.

Já consagrado, Raul partiu para a elaboração de seu segundo álbum, Gita, ao lado de Paulo Coelho. O sucesso de Gita deu a Raul seu primeiro Disco de Ouro, pela venda de 600 mil cópias. Mais tarde, Raul reconheceria que Gita foi um álbum excessivamente doutrinário.

Em 1976 é lançado o álbum Há Dez Mil Anos Atrás, no qual Raul aparece maquiado na capa, como se fosse um sábio ancião. Chega ao fim a parceria com Paulo Coelho, embora continuassem amigos (ou inimigos) íntimos.

O LP O Dia Em Que A Terra Parou, lançado em 1977 atraiu o desgosto da crítica e o amor dos fãs.

Em 1980, assina novamente contrato com a CBS (desta vez como cantor) lançando mais um álbum, Abre-te Sésamo.

Em1986, grava o disco Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum! Que só foi lançado no ano seguinte devido ao alcoolismo de Raul. Em 1988, faz seu último álbum solo, A Pedra do Gênesis.

Na manhã do dia 21 de agosto, Raul Seixas foi encontrado morto sobre a cama, por volta das oito horas da manhã em seu apartamento em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca. O número de fãs aumenta a cada dia e obra de Raul Seixas, cada vez mais, parece ser eterna. Pois suas músicas sempre serão atuais, por mais que o tempo passe.